Do institucionalismo forte às jornadas de junho de 2013, e de volta ao institucionalismo forte: sobre o legado conservador das jornadas de junho e o desafio da esquerda teórico-política

Autores

  • Leno Francisco Danner Autor
  • Agemir Bavaresco Autor
  • Fernando Danner Autor

DOI:

https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v9i2.875

Resumo

No texto, argumentamos que as jornadas de junho de 2013 não podem ser compreendidas como um movimento da sociedade civil em bloco contra o Estado, as instituições públicas e os partidos políticos, da mesma forma como os fenômenos do pemedebismo e do lulismo não podem ser compreendidos apenas como movimentos partidário-institucionais puros, sem ligação com e hegemonia em termos de sociedade civil. Por meio da utilização do conceito de modernização conservadora como definindo o Brasil republicano hodierno, nós argumentaremos que, no caso do período pós-redemocratização e, aqui, com os fenômenos do pemedebismo e do lulismo, há uma ligação direta entre esses sujeitos partidário-institucionais e as classes sociopolíticas próprias à sociedade civil, em uma dinâmica de sustento e de hegemonia mútuos. Assim, no que diz respeito às jornadas de junho de 2013, uma de suas tendências mais centrais consistiu na contraposição entre, de um lado, pemedebismo, modernização conservadora e meritocracia branca, e, de outro, lulismo,  modernização conservadora mitigada com social-desenvolvimentismo e meritocracia parda. A partir daqui, defenderemos que o desafio por excelência da esquerda teórico-política consiste em correlatamente repensar sua práxis político-partidária frente à modernização conservadora (aceita e legitimada pelo lulismo) e trabalhar de modo bastante imbricado com a meritocracia parda, no sentido de uma cooperação orgânica entre partido e classe social.

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Publicado

2019-02-03

Como Citar

Do institucionalismo forte às jornadas de junho de 2013, e de volta ao institucionalismo forte: sobre o legado conservador das jornadas de junho e o desafio da esquerda teórico-política. (2019). Revista Opinião Filosófica, 9(2), 120-182. https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v9i2.875