Anthropology and science in earlier modern philosophy: on the normative formation of the concept of modernity as self-referentiality, self-subsistence, autonomy, endogeny and independence of reason – an essay
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v9i2.874Abstract
Argumentamos no artigo que o conceito normativo de modernidade enquanto autorreferencialidade, auto-subsistência, autonomia, endogenia e independência da razão é baseado na correlação de antropologia e ciência em um duplo, porém imbricado, ponto: por um lado, ele está enraizado na ideia do mundo natural enquanto uma estrutura, uma dinâmica e um objeto puramente técnicos, físicos, químicos e biológicos que obedecem a leis materiais quantitativas e definidas-invariáveis; por outro, ele é fundado na ideia da mente humana ou da natureza humana enquanto um sujeito normativo que pode interpretar de modo objetivo esta natureza puramente material e, mais importante, que tem condições de construir a objetividade epistemológica-moral-ontológica a partir da capacidade de criação da própria axiologia por parte do self moderno, em termos de sua capacidade de racionalizar a fundamentação epistemológico-moral e o lugar-pertença antropológico-ontológico no mundo e na sociedade por parte desse mesmo self racional. Em consequência, o conceito normativo de modernidade, associado a uma compreensão técnica da natureza e a uma noção política de sociedade-cultura, de socialização-subjetivação, possibilita a ideia de que a modernidade é um processo de evolução singular em termos antropológicos-societais-culturais na história humana, de modo a construir-se uma barreira e uma oposição entre modernidade e o outro da modernidade, bem como instituindo o processo de modernidade-modernização e sua compreensão enquanto um processo, um movimento, uma dinâmica e um princípio explicativo autorreferenciais, auto-subsistentes, autônomos, fechados e endógenos. Aqui, a modernidade pode ser explicada apenas por seus processos, sujeitos, princípios, dinâmicas e valores internos, da mesma forma como ela significa um movimento autoconstrutivo em si mesma e por si mesma, enquanto superação do tradicionalismo como minoridade e consolidação da modernidade-modernização como maioridade a partir da intersecção de razão, ciência e cultura.
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